Primeira feira da Rede de Cooperação do Artesanato destaca a força criativa da região em São Simão

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Evento marcou o início da circulação das feiras e apresentou coleções que valorizam a identidade e o trabalho artesanal das cidades da Região Metropolitana de Ribeirão Preto

A primeira feira da Rede de Cooperação do Artesanato da Região Metropolitana de Ribeirão Preto reuniu, em São Simão, artistas, artesãos e visitantes em um encontro marcado por afeto, cor e pertencimento. A Praça da República se transformou em um grande espaço de celebração do fazer manual e da memória coletiva da região.

Desenvolvido com apoio do Programa de Ação Cultural do Governo do Estado de São Paulo (ProAC), o projeto é uma realização do Instituto Paulista de Cidades e Identidades Culturais (Ipcic). A proposta é mapear, registrar, formar, fomentar, difundir e circular o trabalho de artesãos e artesãs, reconhecendo o artesanato como uma força econômica e cultural capaz de fortalecer o turismo, gerar renda e preservar as identidades locais.

A feira marcou o início da circulação das cinco mostras regionais que integram o projeto e apresentou o resultado das primeiras oficinas de capacitação, que reuniram profissionais e empreendedores de diferentes técnicas artesanais, como bordado, cerâmica, crochê e design têxtil. A partir desses encontros, surgiram coleções que refletem a identidade de cada território e evidenciam o valor do trabalho manual no interior paulista.

São oito coleções, entre elas Entrelaçadas, dedicada ao trabalho com agulha e fios, que destaca o valor do gesto repetido e da paciência transformada em arte; Memórias da Fé, que reúne criações inspiradas na religiosidade popular e na força simbólica dos padroeiros das cidades; Entrelinhas, voltada aos tecidos e à costura criativa, onde o ponto e o detalhe revelam o cuidado das mãos; Primeiros Anos, que celebra a infância e o brincar como forma de expressão; Casa com História, que traduz o lar como espaço de afeto e beleza cotidiana; e Ligados pela História, inspirada na memória afetiva e nos souvenirs que representam as cidades da região. Em São Simão, por exemplo, a coleção apresentou peças que retratam a Matriz da cidade, feitas à mão como forma de preservar o vínculo com o lugar e com a fé local.

Durante o evento, o público pôde conhecer de perto os trabalhos e conversar com as artesãs, que compartilharam histórias e emoções sobre o processo de criação. Magali Braz Soares dos Santos, de Ribeirão Preto, emocionou-se ao ver suas peças de crochê expostas. “Faço crochê desde os oito anos, aprendi com a minha mãe. Durante as oficinas, percebi que eu criava, não copiava. Cada ponto que fiz ali foi meu, criado por mim. Está sendo maravilhoso”, contou.

Stela Regina Bertoldi Ebert, de Luiz Antônio, expõe na coleção Casa e suas Histórias e destacou a importância do reconhecimento do trabalho artesanal. “É muito gratificante ver uma peça minha fazer parte de uma coleção. O artesanato está muito valorizado e a gente precisa mostrar o potencial que existe. Tem muita gente boa, muitos artesãos com qualidade e talento. Esse projeto é fundamental”, afirmou.

A artesã Glória Carvalho, de São Simão, que trabalha com bijuterias com trançado de cobre, também celebrou o momento. “É uma realização ver minhas peças expostas. Faço isso há muitos anos, mas agora é diferente, é algo maior. Acho importante divulgar o artesanato local e regional, mostrar o que cada cidade tem. Além de ser terapêutico, é muito satisfatório ver alguém usando algo feito por mim”, disse.

A feira também contou com a presença de moradores e visitantes que, além de conhecerem as coleções, demonstraram interesse em adquirir as peças. As vendas, no entanto, serão realizadas posteriormente por meio da plataforma digital Circula Aí, criada para difundir e comercializar os produtos dos participantes do projeto.

A estreia da feira coincidiu com o aniversário de São Simão, data que deu ao evento um tom ainda mais simbólico. A programação contou com apresentações da banda militar local e um clima de celebração entre os artesãos, que viram no encontro o reconhecimento do próprio trabalho e o fortalecimento das expressões culturais da região.

Cada peça exposta representou um fragmento da história coletiva dos 34 municípios que integram a Rede de Cooperação. Os objetos revelam a força das mãos que moldam, costuram, pintam e reinventam, unindo passado e presente em um gesto contínuo de criação e identidade.

Na ocasião aconteceu também o lançamento do clipe “Terras Vermelhas”, que com música autoral e imagens das 34 cidades, exibe aos visitantes das feiras como essa região é rica em belezas naturais e cultura brasileira. Para acessar o vídeo basta acessar o site do Circula Aí: www.circulaai.com.br

Sobre o Ipcic

O Instituto Paulista de Cidades e Identidades Culturais (Ipcic) atua na criação e gestão de projetos voltados à cultura, sustentabilidade e economia criativa. O Instituto desenvolve ações que fortalecem territórios, valorizam saberes locais e estimulam a integração entre arte, cultura e desenvolvimento social em todo o Estado de São Paulo.

Saiba mais em www.portalc.com.br e acompanhe o Instituto no Instagram @ipcic.oficial. 

Assessoria de Imprensa 

Maria Vitória Cezario Trintim 

Telefone/WhatsApp: (16) 99238-7248 

E-mail: maria.ctrintim@gmail.com

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