Quando almejamos resultados de sucesso em qualquer tipo de relação interpessoal, seja profissional ou pessoal, é necessário que se considere o sentimento de confiança como alicerce dessa estruturação.
É certo que quando pensamos em um ambiente organizacional, lidamos com vários insumos que se interligam de maneira colaborativa, e podemos considerar a confiança como um elemento no relacionamento entre pessoas e organizações, assim como entre as próprias organizações e o contexto institucional que estão inseridas.
A palavra “confiança” vem do latim confidentia, decorrente de confidere, que significa “acreditar plenamente”. Pesquisadores como Nahapiet e Ghosal concluíram que a confiança é um aspecto importante e facilita a troca de capital intelectual, de modo que quando há elevada confiança, as pessoas que fazem parte desta relação estão mais dispostas a correr o risco nesta troca, ou seja, acreditam plenamente naquela informação que recebe, decorrente da confiabilidade que possui naquele ator que emana determinado conhecimento e, como consequência dessa troca, é possível observar abertura para o potencial de criação daquela organização em que a relação se insere.
É notável que o confiado alcança o seu lugar através da sua capacidade. Para Mayer, Davis e Schoorman, “capacidade é o grupo de habilidades, competências e características que permitem uma parte ter influência dentro de algum domínio específico”. Logo, dentro de uma relação é possível observar o confiado como sendo possuidor de domínio de conhecimento específico.
Sendo a confiança um elo para o desenvolvimento de habilidades decorrentes do conhecimento específico, considera-se que em uma organização de pessoas que confiam entre si possuem maior potencialidade para exercer a troca de capital intelectual e, juntamente com outras características decorrentes de alguém que possa ser considerado confiado, como a transmissão de honestidade, boa índole e crença em atitudes e escolhas positivas, é plausível maximizar esse poder de troca de saberes e utilizá-lo para o desenvolvimento social, econômico e sustentável.
Movidos pela crença de que é possível transformar as cidades em lugares humanos, educativos, criativos e sustentáveis, os pesquisadores do Instituto Paulista de Cidades Criativas e Identidades Culturais iniciam uma nova jornada através do Portal C, em que um grupo multidisciplinar colocará em prática as potencialidades do capital intelectual adquirido em 10 anos de pesquisa.
Certos de que a equipe possui uma relação de confiança consolidada, a ideia é transformar todo este conhecimento adquirido em projetos práticos que interligam o Poder Público e a sociedade, visando o desenvolvimento socioeconômico e ambiental de acordo com o caso concreto apresentado, considerando o diagnóstico da realidade local.