Se reconhecer para pertencer – O desafio de ser Comunidade

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Comunidade. Do latim, communitas. Significa aquilo que é comum. Há diversas espécies de comunidades: familiar, escolar, profissional, religiosa, territorial. Com a tecnologia, criamos também as comunidades virtuais. Sem a barreira geográfica as comunidades online reúnem indivíduos de todo o mundo por suas buscas e identidades comuns.

O advento da tecnologia transformou as redes sociais em comunidades expressivamente fortes e relevantes. O impacto dessas comunidades e a forma lépida em que elas abarcam a população, influenciou nosso comportamento no âmbito pessoal e profissional. Todavia, esqueçamos o meio e nos voltemos a semântica: “significa aquilo que é comum”. Seja lá quais forem suas singularidades, há aspectos inerentes a nós que integram o sentido de comunidade: o sentimento de pertencimento e por meio dele, o desenvolvimento da autoestima.

O psicólogo humanista Abraham Maslow, categorizou as condições primordiais para que o ser humano desenvolva a satisfação pessoal e profissional. Dentre elas, o pertencimento está em terceiro lugar, ficando atrás somente de necessidades fundamentais (como respirar e se alimentar), e necessidades de segurança (como proteção e abrigo).

Com tanta pluralidade e inúmeras perspectivas para os desafios humanos, há quem seja pessimista e afirme que viver em comunidade seja um martírio. Contudo, a modernidade tem nos feito um convite para exercitarmos com urgência a tolerância e fortalecermos conceitos comuns, que independentemente dos prismas particulares de cada um, existem e são vitais para convivermos: respeito, autorresponsabilidade, empatia e resiliência.

Somos comuns ao mesmo planeta, quiçá ao mesmo estado e cidade, e com certeza a essa comunidade virtual, pela qual você lê agora essa reflexão e, todos nós de uma forma ou de outra, nutrimos o desejo de pertencer.

O poeta inglês John Donne, nos disse: “Nenhum homem é uma ilha, completo em si próprio; cada ser humano é uma parte do continente, uma parte de um todo”. Se somos parte do todo, que possamos começar em nós a parte que nos é devida no desenvolvimento e acolhimento dos que estão inseridos nas comunidades em que integramos.

Que desenvolvamos nossa autorresponsabilidade no processo de pertencimento e acolhimento, e assim, que o C que está em Comunidade, seja além do sentido COMUM, mas torne-se também um exercício de CIDADANIA na prática de COMPARTILHAR, COOPERAR e CRESCER.